Duas frases muito fortes para o momento: “São muitas críticas, várias idéias, mas é bem mais fácil se unir no protesto do que na proposta” – Marcos Uchoa; “Mais pessoas praticando esporte significa menos gastos com saúde; mais crianças fora da rua praticando esporte é muito menor a taxa de criminalidade de uma cidade” – Amir Somoggi. Especialistas da área esportiva junto com atletas e ex-atletas olímpicos elaboraram 05 propostas para melhorar o esporte brasileiro como um todo. Destaque para as opiniões de Poliana Okimoto (natação), Hortência (basquete), Lars Grael (vela), Amir Somoggi (gestão esportiva) e Evandro Roman (deputado federal). Confira:
“Se você colocar hoje mais dinheiro, muito mais dinheiro, triplicar, quadruplicar a quantidade de recursos, os problemas vão continuar ocorrendo, porque não está organizado” – Evandro Roman, deputado federal.
“Eu acho que o único que pode mudar esse cenário é o Governo Federal. Não ia depender de leis, e como ele injeta recursos em todas as confederações, só o Governo Federal poderia fechar a torneira e exigir mudanças, porque na verdade o maior interessado com tudo isso é o Governo Federal. Porque assim: O que o COB não se preocupa, o Governo Federal deveria se preocupar. Então, mais pessoas praticando esporte significa menos gastos com saúde; mais crianças fora da rua praticando esporte é muito menor a taxa de criminalidade de uma cidade... Me parece que essa conta só vai fechar no dia que o Governo Federal tomar as rédeas de toda essa bagunça que virou o esporte olímpico nacional” – Amir Somoggi, consultor de gestão esportiva
“A cultura da gestão esportiva no Brasil, das entidades privadas (desde as federações, confederações, os comitês) vinha de uma estrutura amadora, de uma gestão pessoal, daquela pessoa que fazia aquilo voluntariamente. E hoje, num esporte irrigado com recursos públicos, que exige transparência, que exige correção, exige participação de atletas, árbitros, treinadores, os protagonistas do esporte controlando a sua própria atividade. Então, eu acho que nós devemos apresentar uma nova ordem: ou as entidades se adaptam à essa nova ordem, ou vão ficar de fora. É simples assim” – Lars Grael, medalhista olímpico.
“Eu vejo muito as empresas privadas ajudando no último ano, e isso é muito ruim pro atleta, porque a gente não tem como negar um patrocínio no último ano olímpico... mas a gente fica com aquele sentimento: ‘Pocha! Se eu tivesse isso no ciclo olímpico inteiro, eu teria conseguido muito mais coisas, eu teria conseguido me dedicar mais, teria conseguido competir mais'” – Poliana Okimoto
“Depois de uma olimpíada como aconteceu aqui no Brasil, muitas crianças se espelharam não só nos ídolos brasileiros como nos ídolos estrangeiros que vieram pra cá, que esteve presente, que a criança pôde até presenciar e assistir ao vivo... ela quer ser igual. E você manda ela pra aonde?” – Hortência, prata em Atlanta 1996
As 05 propostas:
1. Maior troca de experiências
2. Trabalho a longo prazo
3. Cobrar do Governo
4. Transparência e gestões corretas
5. Repetir exemplos de sucesso
Confira a reportagem no vídeo:
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