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Provas de fundo – exemplos e números

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Em meados de 2013, a equipe de maratonas aquáticas do Brasil havia conseguido ser campeã mundial de águas abertas durante o campeonato realizado em Barcelona/Espanha, com o ouro de Poliana Okimoto na maratona de 10km, 02 pratas e 02 bronzes de outros fundistas, na melhor das campanhas da seleção brasileira desde 1973.

Poliana Okimoto
Bronze olímpico na maratona de 10km
Rio 2016



Segundo o presidente da CBDA, Coaracy Nunes Filho, ... Tudo isso é fruto de muito esforço, de conversas, planejamento e investimento. Temos as maratonas no mesmo nível da natação na CBDA, com resultados que o mundo reconhece como excepcionais”, disse Coaracy.

Um dos campeonatos de natação que mais se destacam é o nacional americano. Não só por contar com campeões olímpicos como Ryan Lochte ou Michael Phelps, mas os números são impressionantes: 59 atletas classificados apenas no 1500m Livre Masculino. Ao passo que no Maria Lenk, a série contou com apenas 27 nadadores de todo o Brasil, a maioria do Sul. No feminino, enquanto no Brasil 14 nadadoras enfrentaram o 1.500m, nos EUA 36 garotas disputaram a mais longa prova em piscina sem medo das dores musculares.

Nas últimas edições dos jogos olímpicos, as provas de fundo têm sido dominadas pelos asiáticos. Desde Sydney 2000, os australianos Ian Thorpe e Grant Harcket, os chineses Sun Yang e Zhang Lin, o sul-coreano Park Tae-Hwan e a exceção africana, o tunetano Oussama Mellouli ora venceram, ora estabeleceram novos recordes no 400m e no 1.500m Livre. 

Ian Thorpe e Grant Hacket, após 800m Livre
Mundial de Barcelona 2003

Somente no Rio 2016, dois italianos e um americano romperam o ciclo dos asiáticos beirando o recorde no 1.500m, ao passo que no 400m Livre os asiáticos se mantiveram no domínio da prova. No feminino, o mundo rendeu-se ao encanto da nadadora Katie Ledecky, simplesmente ouro e recordista olímpica e mundial nos 200m, 400m e 800m Livre.

Katie Ledecky dominou os 200m, 400m e 800m Livre
Exemplo de nadadora de fundo

Já o lendário Djan Madruga fazia o Brasil se destacar na década de 70, tornado-se o primeiro nadador sul-americano a fazer abaixo de 16 minutos no 1500m. Chegou a bater o recorde olímpico na semifinal dos Jogos de Montreal em 1976 na prova do 400m Livre e tornou-se um dos mais renomados nadadores de fundo, conseguindo a inédita marca de 12 medalhas de ouro no Troféu Brasil de 1978, vencendo os 400m, 800m e 1.500m Livres, dentre outras provas.

Djan Madruga campeão do 400m Medley
Mundial Master, Montreal 2014
Apesar dos anos terem-se passado, Djan não se deixou vencer pelas limitações da idade: voltou a Montreal/Canadá e venceu o 400m Medley no mundial máster realizado em 05 de agosto de 2014. Detalhe: na categoria 55-59, Djan deixou pra trás 23 nadadores com o tempo de 5min19.49seg na prova.






O campeonato mundial máster realizado entre os dias 27 de julho e 10 de agosto de 2014 apresentou números impressionantes: 530 homens somados a 591 mulheres balizados apenas na prova do 800m Livre, com 53 séries masculinas e 60 femininas. A FINA teve que dar conta de uma única prova realizada durante um dia inteiro de séries, após séries. Os destaques do Brasil no masculino são a prata de Marcus Mattioli (50-54) e o bronze de Breno Dutra (35-39) e no feminino, a prata de Maria Salvadora Penna (75-79).



Para Poliana Okimoto, nadar provas de fundo propicia amadurecimento:
A maratona aquática permite maior longevidade. A (alemã) Angela Maurer que conquistou o bronze no 10km, tem 41 anos. A idade propicia até um amadurecimento na capacidade de desenvolver a resistência

Poliana Okimoto
especialista em provas de fundo e maratonas aquáticas

Igor Souza, supervisor técnico da CBDA, afirma: “Acho que nossa maior dificuldade é a falta de fundistas no país”. Ele garante que “hoje o Brasil tem um tratamento individualizado e muito específico para cada atleta de ponta”, referindo-se ao tratamento para tornar os brasileiros destaques internacionais.

Por outro lado, a americana ex-recordista mundial no 400m, 800m e 1.500m Livres, Janet Evans desafia os jovens desta geração:

Quando eu vejo jovens nadadores eu sempre pergunto: Você já tentou nadar provas longas? A resposta sempre é: ‘... Não, é muito longo’. Eu sempre digo a eles: ‘Não, você pode sim, é só tentar’”.

Janet Evans
ex-recordista mundial no 400m, 800m e 1.500m Livre

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