Qual a diferença entre técnicas e regras de natação? Técnica: maneira ou habilidade de executar. Regra: determinação, disciplina. Enquanto a técnica de nado busca agilidade na água em vista do melhor aproveitamento, as regras estabelecem os limites aos quais todos e cada um dos participantes devem se submeter. A arbitragem é quem classifica aquele que está dentro da regra. Mas é pela técnica que o nadador segue a regra em busca da vitória.
Se acontecer de um atleta escorregar no bloco de partida ao invés de fazer um movimento antes da largada, esse movimento deve ser observado pela arbitragem que pode conferir nova chance ao atleta ou desclassificá-lo pela intenção de obter vantagem. A própria posição no bloco de partida confere status de quem esteja previamente apto para a prova. Assim também acontece com todas as outras partes de uma prova suscetíveis à análise das regras a serem cumpridas. E nesse sentido, o árbitro deve ser visto como o colaborador por excelência de uma competição.
Nas provas de nado livre, o estilo mais usado é o crawl. Não confunda prova de nado livre com o estilo crawl. Ou seja, uma vez que se torna “livre”, pode-se executar quaisquer movimentos de nado, desde que cumpridas as regras principalmente de largada, virada e chegada para completar a distância da prova (50m, 100m, 200m, 400m, 800m e 1500m). No entanto, o que poderia ser um “show” de exibições diferenciadas, 99,9% dos atletas nadam o crawl nas provas de livre. Por que?
As competições oferecem premiação aos atletas que figuram a 1ª, 2ª e 3ª colocações (às vezes até a quem estabelece novo recorde). Dessa forma, cada atleta busca ser mais veloz, com o máximo de agilidade e aproveitamento possível durante uma prova de nado livre. Então, para executar um nado que seja veloz e ágil, o crawl é o mais indicado. A maneira ou a forma “como” se executa o crawl determina a técnica do nado.
É claro que oficialmente, as competições reconhecem provas de nado livre e estilos (costas, peito e borboleta). Além do livre, quando se fala em estilo de nado já não se trata de técnica, mas de regra. Nas provas de costas, o nadador deve manter-se de costas para a superfície da água do início ao fim da prova, isso é uma regra (exceção para as viradas que não permite nenhuma técnica diferenciada, mas estabelece exatamente a regra de como deve ser executada, caso o nadador opte por virar de frente). Com isso, a regra não estabelece, por exemplo, se as braçadas devem ser alternadas ou simultâneas; se os ombros devem girar por sobre a linha da superfície d’água; se os pés batem alternados para cima ou para baixo etc. Assim, também acontece com os estilos peito e borboleta.
Quem determina a maneira de como nadar costas, peito ou borboleta é a regra do estilo, mas a técnica é quem provoca maior aproveitamento dos movimentos dentro d’água. Para que o nadador obtenha maior velocidade e agilidade, a técnica que se treina a cada dia vai buscar a melhor forma de não cansar e obter êxito. As técnicas empregadas em cada detalhe de um estilo de nado raramente provocarão êxito, se não forem treinadas diariamente. Além disso, as técnicas buscam o aproveitamento máximo no sentido dos movimentos naturais dos músculos.
Flexibilidade e agilidade empregadas dentro da técnica de nado serão os maiores aliados do sucesso de um nadador. É claro que outros fatores como força, resistência, estado psicológico etc. também determinam resultados, mas não se emprega força numa prova de 50m de qualquer forma. Não se resiste de forma unânime a uma prova de 1500m sem a maneira adequada de respirar, girar a cabeça, bater perna etc... Portanto, técnica, além da maneira mais adequada de aproveitamento muscular, é algo que deve ser treinado a cada momento para um aperfeiçoamento cada vez melhor de seu nado.
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