Assim como os estilos peito e borboleta, as provas oficiais do estilo costas são 50m, 100m e 200m, exceto nos Jogos Olímpicos em que não se realiza o 50m. Para efeito de curiosidade: de todos os países do planeta, somente os EUA realizam provas de natação em jardas, o que não vale para recordes ou ranking mundiais. Nesse sentido, é preciso analisar detalhes técnicos dos estilos admitidos oficialmente em regra pela FINA, sendo o estilo costas um nado diferenciado por movimentos semelhantes ao crawl no sentido inverso com apenas a rotação de ombro e quadril iguais para seu melhor desempenho.
Saída
SW 6.1: Antes do sinal de partida, os competidores devem alinhar-se na água, de frente para a cabeceira de saída, com ambas as mãos colocadas nos suportes de agarre. Manter-se na calha ou dobrar os dedos sobre a borda da calha é proibido.
Chamada a série pelo árbitro-locutor, os nadadores se dirigem cada um para sua respectiva raia. Dado o primeiro sinal da arbitragem para entrada na água, cada nadador se lança e toma a barra de agarre para largada das provas de costas. Nesse momento, deve estar voltado(a) de frente para a cabeceira do bloco (necessariamente de costas para a piscina).
SW 6.2: Ao sinal de partida e quando virar, o nadador deve dar um impulso e nadar de costas durante o percurso exceto quando executar a volta, como na SW 6.4. A posição de costas pode incluir um movimento rotacional do corpo até, mas não incluindo os 90° a partir da horizontal. A posição da cabeça não é relevante.
Tão breve todos os competidores estejam alinhados cada um na sua respectiva raia, a arbitragem dará um silvo para o tomada de posição e imediatamente anunciará “às suas marcas”. Com todos os nadadores paralisados, vem o sinal de partida.
· No voo, o nadador coordena o movimento de giro da braçada com o lançamento do corpo em arco para trás, na intenção de penetrar a água; o giro da braçada inicia soltando a barra metálica, perpassando o quadril, abrindo-se paralelo ao corpo e em direção para fazer as mãos se encontrarem com braços por trás da nuca e antes da penetração na água;
· Sair da água o máximo possível, tendo por base o impulso das pernas para que o quadril seja lançado por sobre a água, coordenado ao movimento de arco da coluna;
· Na reentrada os dedos das mãos devem entrar primeiro;
· No deslizamento, ficar submerso no mínimo a 45 cm , corpo horizontal e ondulação de pernadas (pernas em paralelo e movimento inverso do estilo borboleta), buscando o aproveitamento do deslizamento;
· A regra oficial permite a fase submersa até 15 metros a partir da largada, quando até esse momento a cabeça deverá quebrar a linha d´água, surgindo na superfície.
SW 6.3: Alguma parte do nadador tem que quebrar a superfície da água durante o percurso. É permitido ao nadador estar completamente submerso durante a volta e por uma distância não maior que 15 metros após a saída e cada volta. Nesse ponto a cabeça deve ter quebrado a superfície.
Erros comuns
Na posição inicial, não flexionar os braços e pernas; lançar os braços para cima (vertical); saltar exageradamente para cima; não lançar a cabeça para traz; impulsionar a borda antes dos braços estarem atrás da cabeça; cabeça muito baixa durante o deslize (tocando o queixo); batida exagerada de pernas antes da primeira braçada; não estender completamente o corpo; após o deslize, puxar inicialmente os dois braços; puxar um braço logo após o impulso.
Virada
SW 6.4: Quando executar a volta, tem que haver o toque na parede com alguma parte do corpo na sua respectiva raia. Durante a volta, os ombros podem girar além da vertical para o peito após o que uma imediata contínua braçada ou uma imediata contínua e simultânea dupla braçada pode ser usada para iniciar a volta. O nadador tem que retomar a posição de costas após deixar a parede.
A regra determina tocar com qualquer parte do corpo na posição de costas. Se isso acontecer, o nadador deve girar lateralmente, mantendo-se de costas até reposicionar-se de modo a impulsionar a borda e reiniciar o trajeto.
Porém, a virada mais veloz do estilo é com a cambalhota, também permitida por regra: aproxima-se da borda sem perder velocidade (conta-se braçadas a partir da passagem por sobre a cordinha dos 05 metros , aproximadamente 02 a 03 braçadas);
· Início da braçada a partir do quadril girando o corpo de costas para frente e lançando o braço que iniciou o movimento para frente, cruzando o braço da recuperação (fase aérea) a frente do peito; estando de frente e aproximando-se da borda, realizar a cambalhota;
· Após a cambalhota, o corpo estará já na posição de costas, quando então toca-se com os pés na borda dando impulso e buscando o deslize para reiniciar o trajeto.
Erros mais comuns
Virada simples: diminuir o ritmo do nado antes de se aproximar na borda; tocar as duas mãos na borda; após tocar na borda, lançar os braços por fora d'água; dar impulso na borda, com as pernas estendidas; dar impulso na borda sem ter os dois braços estendidos atrás da cabeça; dar impulso na borda com os pés muito acima ou muito abaixo em relação ao plano do corpo; abandonar a borda sem estar na posição de costas; deslize exagerado, após a impulsão na borda, puxar simultaneamente os braços.
Virada olímpica: Diminuir o ritmo do nado, antes de se aproximar da borda; não exercer suficiente pressão na parede, com a mão que apóia, para executar a virada; apoiar a mão na borda, sem a profundidade necessária; efetuar o lançamento das pernas com a cabeça alta; dar impulso na borda com as pernas estendidas ou pouco flexionadas; puxar um braço, logo após o impulso; apoiar os pés na borda para o impulso, muito acima ou muito abaixo em relação ao plano do corpo; dar impulso com as mãos fora do prolongamento do antebraço; abandonar a borda, sem estar com os braços estendidos atrás da cabeça; dar meia braçada, para efetuar a virada.
Chegada
SW 6.5: Quando do final da prova, o nadador tem que tocar a parede na posição de costas na sua respectiva raia.
Similar à virada, contam-se braçadas após passar a cordinha dos 05 metros , quando então lança-se o corpo no último movimento de braçada de costas buscando o máximo de velocidade e eficiência até o toque final (que deve ser de costas em qualquer parte da borda, preferencialmente no nível da água).
Erros mais comuns
Diminuir o ritmo do nado, antes de se aproximar da borda; dirigir a vista para a borda, 03 ou 04 braçadas antes girando a cabeça; dar uma braçada de mais ou de menos, para chegar.
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