Dentre as características dos esportes individuais e coletivos, observamos algumas tendências que se desenvolvem ao longo do tempo e parecem cada vez mais se consolidar quando um atleta se mantém de uma forma que ignore seu universo paralelo. Esportes coletivos tendem a desenvolver na coletividade a solidariedade, tão necessária para que o grupo se imponha pela vitória. Já os esportes individuais evidenciam a força do ego pela auto-definição no sentido positivo, tendendo ao autoconhecimento no enfrentamento de si mesmo.
Ambos esportes possuem seus pontos positivos e negativos, uns a favor e outros contra si mesmos. Por exemplo, esportes individuais tendem ao egoísmo por um lado, por outro elevam a autoestima ao vencer doenças como a depressão. Já nos esportes coletivos, a generosidade entra em cena como preponderante para a vitória, contra a qual um esporte individual só iria atrapalhar. Natação é preponderantemente individual, mesmo que no revezamento ou em equipe pelo campeonato, o atleta carregue um significado para cada uma de suas conquistas. Não raro há de se comparar atletas de um time de basquete e outro de natação frente a alguém que precisa de ajuda na rua: Qual seria a tendência de ambos?
Ambos esportes possuem seus pontos positivos e negativos, uns a favor e outros contra si mesmos. Por exemplo, esportes individuais tendem ao egoísmo por um lado, por outro elevam a autoestima ao vencer doenças como a depressão. Já nos esportes coletivos, a generosidade entra em cena como preponderante para a vitória, contra a qual um esporte individual só iria atrapalhar. Natação é preponderantemente individual, mesmo que no revezamento ou em equipe pelo campeonato, o atleta carregue um significado para cada uma de suas conquistas. Não raro há de se comparar atletas de um time de basquete e outro de natação frente a alguém que precisa de ajuda na rua: Qual seria a tendência de ambos?
Bater na frente e olhar o placar se surpreendendo com o resultado é algo que só, e tão somente só, aquele atleta sente de si mesmo. Alguns ícones da natação tornaram-se exemplo pela capacidade de conseguir deixar na piscina aquela sensação incrível de gozar sua vitória. Isso restrito ao sorriso na foto ao subir ao pódio. Outros, porém, não conseguem deter sua extrapolação e acabam atingindo os adversários e os demais companheiros de equipe após o pódio.
Considere que um atleta tenha passado pelo que chamaram de “síndrome de Ryan Lochte”. Síndrome entre aspas mesmo (“”), porque não caracterizaria nenhum distúrbio um atleta passar 02 olimpíadas e na 3ª conseguir vencer seu maior rival como demonstração de persistência pelo ouro (Abraão passou 40 anos e já com idade de 80 teve seu sonho realizado com seu filho). Daí que aquele atleta, por não conseguir vencer seu adversário, acaba fazendo de seu treinamento sua própria competição, escondendo em si uma espécie de neurose contra o relógio. Com isso, ele chega a bater tempos incríveis em treino, de modo a romper os recordes oficiais de seu adversário. Acaso esse atleta pode-se dizer recordista ou campeão?
Claro que não. Não foi registrado nos resultados da entidade oficial seu tempo em treino. Ficou hipotético, uma conquista pessoal que somente aquele atleta pode dizer de si mesmo, mas não contra seus adversários. É disso que se incorre o risco de alimentar o egoísmo num esporte individual, quando o atleta extrapola sua falta de respeito pelo que seu adversário foi capaz de fazer numa competição, e ele não. Uma leve tendência ao narcisismo – se bem que a água reflete mesmo sua imagem quando você se olha na superfície.
Atualmente, algumas equipes de natação já trabalham seu treinamento interagindo entre os próprios nadadores com diversos tipos de exercícios, além dos contra o relógio. Uma evolução contra décadas atrás, quando se pensava que treinamento de natação era 10 mil metros sem olhar pra quem estava a seu lado. Aqui se inclui uma reflexão especialmente direcionada a quem se enquadra na categoria máster e carrega consigo a mudança de paradigmas de treinamento. Há inúmeros nadadores másteres com resquícios daqueles treinamentos de outrora, enquanto outros aos poucos vivem essa transição de uma natação menos individual.
Pelas próprias condições impostas do esporte, a natação jamais deixará de ser individual ou ter predominância individual. Isso não determina que o individualismo seja sinônimo de tudo que se cerca de egoismo com leve tendência ao narcisismo. Pior é quando aquele atleta máster nasceu literalmente superprotegido num ambiente de natação sem olhar pra quem treina do seu lado. Ele se faz o “dono da piscina”, seus tempos hipotéticos em treino se tornam até mais “autoridade” que qualquer entidade oficial, chegando ao absurdo de disseminar informações infundadas ao duvidar que um velocista de repente acerte uma série numa prova de fundo.
Um atleta máster de uma universidade de Natal comentou que o tempo de um garoto velocista numa prova de fundo de um NNE estava errado – um tempo tomado por placa e sistema automático de uma entidade oficial. Mas com que base isso seria afirmado? O máster tomou tempo com seu cronômetro manual e foi capaz de disseminar tal arrogância. Ele deve até ter provas sobre o caso de Lula, mas esconde essas provas não sabemos onde. Egoismo puro.
Mas é possível mergulhar no individualismo da natação sem prejudicar o status de entidades oficiais. É possível sim viver e tirar o máximo de proveito que há no individualismo de um esporte aquático conhecendo de si seu limite e com isso, respeitando seu adversário (além das regras e a arbitragem). A categoria máster hoje apresenta uma tendência, pode ser que amanhã ela evolua. Pois, qual atleta novato não se sente seguro e impulsionado com um atleta máster quando lhe passa experiências próprias? E o melhor de tudo isso é que um grande campeão sempre se lembra de quem lhe apoiou pra chegar ao pódio.
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