Papo de máster – Por que precisamos de uma associação? 3/4 - Suporte - Natação do RN

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Papo de máster – Por que precisamos de uma associação? 3/4

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Este esporte chamado natação é predominantemente individual. Mas, cada atleta não mergulha numa prova sozinho. Ele carrega consigo um pedaço de seu técnico, de seus pais, de seus amigos, da torcida e até de seus adversários. Do individual surge o coletivo e desse coletivo se identifica a necessidade que todos temos de nos unir em prol de um ideal, qual seja a formação de uma associação.


Não foi à toa o surgimento daquela associação de nadadores másters do RN em 2005 – a APOMN. Os atletas másters se uniram em prol daquele ideal de representar nosso Estado numa competição forte. O que não tivemos em todos esses anos de obscuridade da APOMN foi uma liderança capaz de unir os másters num mesmo ideal de promoção da natação. Enquanto os nadadores se detiveram em seus treinos, em seus clubes, alguns viajando pra fora e levando suas origens do Rio Grande do Norte em competições Brasil à fora, nossas lideranças se mantiveram ingenuamente acanhadas.

Ou melhor, como estamos num “papo de máster”, o que se sugere de uma associação com direitos a verbas do Governo, mas que teimava em não assumir uma equipe do RN fora do Estado?  O que porventura, haveria nas entrelinhas dessa obscuridade? Some a isso o fato de quando a eleição da APOMN foi questionada, todos os seus ex-diretores alimentaram um bullying, numa tentativa de abafar suspeitas. Sem contar o fato de que uma associação “sem fins lucrativos” com direitos a verbas do Governo ser extinta justamente no período de alta da “Operação Lava Jato”... O velho ditado: Quem não deve não teme.

Para evitar os mesmos erros, o que se disse da APOMN aplique-se como sugestão à ANMRN. A Associação dos Nadadores Másters do Rio Grande do Norte – ANMRN surgiu num contexto embora contraditório, aparentemente “salvífico”, mas que ainda não se adequou à realidade premente do nadador máster potiguar. O que precisamos é de uma associação atuante, representativa e transparente.

A proposta de uma associação que caminhasse em parceria com a federação sempre foi defendida como ideal para a natação máster potiguar se fortalecer. Isso porque a federação – a FAN deve ser respeitada em seu histórico de promoção da natação máster, quando não havia associação em seu lugar. É importante que fique bem claro que quando se fala em FAN, refere-se à entidade “federação” como bem e patrimônio da natação potiguar, muito embora alguns “partidariamente” confundam tal denominação com a pessoa de sua presidente.

Uma associação que assumisse a representatividade dos nadadores, formando equipes para campeonatos interestaduais ou nacionais, criando intercâmbio com demais associações; uma associação que defendesse os interesses do nadador máster, que integrasse eventos de ação social, inclusive em prol de pessoas de baixa renda; uma associação que sobretudo, convertesse seus recursos angariados em prol dos próprios nadadores, através de festividades ou doações de prêmios. Esse foi o ideal proposto à presidência da ANMRN, muito antes de conceber a formação dessa associação.

Embora cada associação tenha suas particularidades, ela não devia ser entendida como uma espécie de empresa em que seus diretores a governam sem a participação do nadador. Acredito que a palavra “coronelismo” não tenha causado alguma ofensa, se não foi entendida como autoritarismo arcaico que despreza o fato de estarmos numa democracia livre, cujo ideal volta-se para nossa prosperidade e soberania. Dessa forma, que a presidência da ANMRN não apenas use sua página no Facebook para promover anúncios mirabolantes, se na prática o nadador máster não teve direito à participação em suas assembleias. Até o momento, não houve comunicado algum convocando assembleia a todos os nadadores másters do RN. Tampouco, conferir o conteúdo de seu estatuto ainda não disponível ao público até a data da publicação deste artigo.

A ANMRN foi formada como expressão daquela vontade do nadador máster potiguar em ter sua representatividade coletiva. É notório o quanto precisávamos ter uma associação de máster. Em meio à recente formação da ANMRN, destacamos o que podemos esperar dela: lisura de seus diretores, promoção de eventos, atuação na representatividade do nadador em competições fora do Estado, transparência e universalidade (sem “panelinhas”, por favor).

Aplique-se o “bom senso” para a recente formação da ANMRN, no sentido de que ela se adeque à transição da perda que tivemos da APOMN. E que tudo o que foi exposto não fique no orgulho ferido de quem não soube fazer certo, mas tenha a humildade de aprender com os erros. Até porque os erros da APOMN não seriam tão exclusivos assim, se ela tivesse sido a única associação irregular do país. Em diversas viagens que fiz Brasil á fora, há várias associações com histórias semelhantes ou até piores (...). Por mais que se evidencie o individual numa prova de natação, o coletivo estará no plano de fundo como base e sustentação. O que não queremos de uma associação é que atos corruptíveis nos envergonhem na hora de subir ao pódio.




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